1.  Quanto tempo você tem de casa?

R: Vou fazer 4 (quatro) anos dia 24 (vinte e quatro) de maio.

2. Conta um pouco sobre você e sobre como foi e está sendo sua trajetória no Grupo CAÁ, qual é sua história aqui, o que você faz?

R: Tenho 21 (vinte e um) anos, comecei na área de tecnologia com 15 (quinze) para 16 (dezesseis) anos e foi algo bem diferente para mim. Comecei a fazer curso e isso mudou muito minha vida, iniciei na área de tecnologia com muita insegurança e superei isso.

Entrei na faculdade com 17(dezessete) para 18 (dezoito) anos, nesse período surgiu a oportunidade na Adin. Quando recebi email do Cleber pensei: “Caramba! Será que vai dar certo?”, eu fiquei com bastante receio porque eu era e sou ainda muito tímida e tive muita insegurança, o Cleber viu na hora da entrevista (risos).

Mas a Adin acreditou em mim, confiou no meu potencial.

Mesmo assim, quando comecei, entrei com uma amiga e pensei “Caramba, duas mulheres na área, será que vai dar certo? Será que vamos conseguir entregar o que precisamos?’. Hoje em dia ainda tem muito preconceito com a mulher nessa área, mas se não encararmos o desafio, não vamos conseguir acabar com isso. E o meu objetivo na Adin é justamente isso, acabar com esse preconceito e com esse tabu para as próprias mulheres possam enxergar que é possível, que nós temos sim espaço na tecnologia e podemos ter nosso valor e respeito.”

3. Você sentiu alguma dificuldade na construção da sua carreira?

R: “Falando do lado pessoal, eu sinto dificuldade em me expressar, tenho um pouco de dificuldade de botar em prática o que eu sei, o que eu to aprendendo e aprendi.

Quando eu fazia faculdade, tinha muito mais homens na turma e eu procurava fazer mais, entregar mais para o professor pra mostrar pra todo mundo que eu também podia sim.”

4. Como têm sido sua experiência como uma colaboradora mulher dentro do Grupo CAÁ?

R: No começo foi extremamente difícil para mim, mas de forma pessoal e não por conta da empresa, porque eu sempre fui muito tímida e era retraída.

Nas reuniões de acompanhamento de projeto eu não conseguia falar e nem me posicionar, eu tinha medo de falar besteira. Mas eu tive total apoio dentro da empresa, a Marilia, Denis e Fernando foram pessoas que me marcaram porque estão comigo desde o começo, eles me ajudaram muito nas minhas entregas e no meu desenvolvimento, tanto do lado pessoal como no profissional.

Hoje, mesmo ainda sendo tímida, eu estou muito melhor, consigo me comunicar sem pensar no que as pessoas vão pensar ou achar de mim. 

Sempre estive em um ambiente muito confortável aqui dentro para mim.”

5. Como tem sido sua experiência como uma colaboradora mulher atuando no ramo da tecnologia no Grupo CAÁ?

R: “Quando comecei no grupo, estava fazendo faculdade de TI, eu entrei achando que ia atuar com TI em si e acabei migrando para o marketing digital.

Foi tudo novidade, senti como se estivesse em um curso novo e o fato de eu ter conseguido aprimorar o conhecimento nessa área, conseguir passar os conhecimentos que eu tive para outras pessoas; faz eu me sentir uma peça chave no time, como se estivesse preparando outra pessoa para o pódio.”

6. Quais os desafios que você enxerga para uma mulher dentro do mercado de trabalho?

R: “Acho que primeiro, se identificar na área de TI. O fato de ser mulher acaba não passando confiança tanto no trabalho como em alguma informação que compartilhamos. Quando uma mulher fala algo sobre determinado assunto, acaba gerando aquela dúvida por parte das pessoas de “Mas você é mulher, como você sabe disso?”, “Mas ela mulher, será que está certo?”.”

7. O que você enxerga como habilitantes importantes para uma mulher equilibrar entre trabalho e vida pessoal?

R: “Acho que o mais importante é ter saúde mental! A mulher acaba misturando a vida pessoal com o trabalho.

Eu, por exemplo, tenho problemas de ansiedade e acabo levando algumas coisas da vida profissional para a vida pessoal e, consequentemente, acabo descontando na minha família, nos meus pais.

Eu enfrento o preconceito dentro da minha própria família por ser uma mulher que tem formação em TI. Hoje trabalho com o marketing digital, mas fiz uma mini pós em dados e quero sair do marketing, estou aguardando a oportunidade para migrar para dados, é minha formação, é o que eu gosto e eu realmente me identifiquei.”

8. Como você vê as mulheres entrando mais nesse mercado de tecnologia?

R: “Incrível! 

Como eu falei, a tecnologia está crescendo e a gente vê mulheres entrando, se superando, gostando da área e provando a capacidade delas; isso pra mim é muito gratificante.”

9. Se você pudesse dar alguma dica para mulheres que estão começando a carreira agora ou as que querem começar a entrar nesse mercado de tecnologia, qual recado você passaria?

R: “Eu diria para não desistir!

Eu sei que no começo vai ser difícil e você vai passar por muita coisa, mas terá sua recompensa no futuro, deixará sua marca, vai inspirar muitas pessoas então, não desista! Entra de cabeça e vai fundo.”